24/05/2010

IDOLATRADOS GRINGOS!

Mafalda - criação do cartunista argentino Quino.

Em resposta ao comentário do internauta Jonatas Bermudês, sobre minha postagem do dia 12/05, intitulada “Confiar, acreditar e torcer!”, só posso concordar.

De fato alguns brasileiros, talvez um número bem maior do que podemos imaginar, torcerão contra a seleção de Dunga. Principalmente se nos jogos iniciais a nossa seleção não for bem.

Infelizmente o patriotismo do povo brasileiro não é algo para se orgulhar.

Muitos dizem que o brasileiro é um patriota nos desportos, ou seja: só é patriota em tempos de copa do mundo, já que grande parte da população só tem orgulho da pátria quando ela está competindo.

Eu particularmente discordo, pois creio que ser patriota é muito mais do que apenas torcer. Ou somos ou não somos patriotas.
Segundo a significação da palavra, patriotismo é o sentimento de amor e devoção à pátria e aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão) e é justamente essa devoção por nossa história, cultura, dialetos, símbolos.. que falta ao brasileiro.

Antigamente cantava-se o Hino Nacional nas escolas. Algumas instituições ainda mantêm essa tradição, resquícios da ditadura e que não deveria ter sido abolido com ela, é como acusar uma criança (país) dos crimes cometidos pelo pai (ditadores). Conseqüência: poucos brasileiros sabem cantar o hino. http://www.coraldelchiaro.com.br/hino-nacional.htm

Nosso povo nem mesmo atinge um considerável grau de nacionalismo (sentimento de valorização marcado pela aproximação e identificação com a nação), que elevaria nosso nível de patriotismo.

Ser um patriota implica fazer algo de bom pelo país, ou nação. É orgulhar-se das regionalidades sem discriminá-las. É preferir e valorizar o que nasci aqui e não o que vem do exterior, é desejar exportar mais e importar menos, é gostar de ir a um centro de compras e não a um shopping center, é comprar um cachorro quente e não um hot dog, é se orgulhar ao ver grandes edificações (prédios) com nomes nacionais.

Muitos turistas, quando questionados sobre o que mais gostou no Brasil, respondem: “O povo ser muito simpático, acolhedor...”. Lamentavelmente o excesso de simpatia e acolhimento não passa de “puxa saquismo” e interesse, cujo objetivo é o de “abrir portas” para o exterior e “se mandar” do Brasil, aproveitando-se da qualidade de vida conquistada pelos gringos com suas lutas, consciência política e nacionalista, senso de organização, respeito e patriotismo.

É claro que esse “puxa saquismo” é percebido pelos gringos, tendo em vista que eles conhecem bem a “invasão clandestina” de brasileiros em seus países.

Em fim, se deseja saber como é ser um verdadeiro patriota, faça como os americanos, ingleses, franceses, russos, alemães... que acham que não existe povo e país melhor do que os deles. Tratem bem os turistas, mas não os exaltem tanto, desprezando nosso querido, belo e rico Brasil.

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